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Polícia Civil deflagra Operação Safari no combate a homicídios na zona norte da Capital

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Operação Safari - Foto: Polícia Civil - Imprensa

Na manhã desta segunda-feira (22) a Polícia Civil, através da 5ª Delegacia de Polícia de Homicídios e de Proteção à Pessoa (5ªDPHPP/DHPP), deflagrou a Operação Safari para combater delitos de homicídios praticados no bairro Mario Quintana, em Porto Alegre. Foram cumpridas 63 ordens judiciais, sendo 40 mandados de prisão preventiva e 23 de busca e apreensão. Ao total 13 pessoas foram presas, drogas, arma e munições foram apreendidos.

Conforme a delegada Luciana Smith, a operação é fruto de oito inquéritos policiais que apuram a morte de nove vítimas. Dentre os casos investigados, há dois esquartejamentos e uma decapitação. No total, 19 pessoas foram investigadas, apurando-se o envolvimento direto ou indireto em todos os casos. “O centro das investigações é um líder de organização criminosa atuante na região e que foi transferido recentemente para um presídio federal. Conforme se constatou, todas as mortes investigadas tinham a chancela do referido líder. O mesmo denominava uma parte de seu grupo criminoso como ‘os leões’, parte essa que era responsável pelas execuções, esquartejamentos e decapitações. Segundo relatos colhidos nas investigações, sempre que dava a ordem para as execuções, o líder mencionava ‘bota os leões na selva para caçar’, vindo daí a referência ao nome da operação, que foca na prisão deste grupo de criminosos violentos” conta a delegada.

Segundo Luciana, “a partir das ordens do líder, o grupo saia às ruas atrás de vítimas, principalmente as que tinham relação com quadrilhas rivais. Uma vez capturada a vítima, era comum a manutenção dela em casas do grupo criminoso para tortura e, conforme da vontade do chefe do bando, o esquartejamento”. A investigação localizou duas destas residências e contou com o apoio do Instituto-Geral de Perícias para coleta de elementos de prova que contribuíssem para elucidação dos fatos, relatou a delegada. Ao longo das investigações, 09 dos envolvidos foram presos e mais de 150 quilos de maconha foram apreendidos. O diretor da Divisão de Homicídios, delegado Gabriel Bicca, enaltece a importância da contribuição da sociedade na busca pela elucidação dos homicídios e prisão dos envolvidos, através dos canais de denúncias anônimas, de ótima contribuição para apreensão de armas e drogas, como uma forma de enfraquecer o poder de fogo das organizações criminosas.

O diretor do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa, Delegado Paulo Grillo, ressalta o trabalho qualificado desenvolvido por todas as Delegacias de Homicídios e que vem redundando num acentuado número de indiciamentos e de prisões, diminuindo a sensação de impunidade para as pessoas envolvidas com a criminalidade organizada. Também reforça que a qualidade das investigações alcança até mesmo o líder da organização criminosa, que, por vezes, atua como “homem por trás da cortina” na esperança de restar impune pelos atos de violência desmedida.

O Chefe de Polícia, Delegado Emerson Wendt, destaca que "trabalhos qualificados como esse são importantes para a manutenção do histórico positivo de elucidação de crimes de homicídio no RS, que é superior a 80%. Também, faz com que presos fiquem mais tempo no sistema prisional respondendo pelos seus crimes".

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Fabiano Leal
Larissa Marafiga

CQR 

Polícia Civil RS