Polícia Civil, através da 2ª Delegacia de Polícia de Bento Gonçalves, juntamente com a Brigada Militar, Gaeco/Serra e Guarda Civil Municipal, prendeu dois integrantes de um grupo criminoso responsável por extorsões e ataques contra revendas de veículos em Bento Gonçalves. As prisões ocorreram nesse sábado (29) e fazem parte de uma investigação que teve início em maio de 2025, quando um estabelecimento foi alvo de disparos de arma de fogo após o proprietário receber mensagens de WhatsApp exigindo pagamento sob ameaça de violência.

Os criminosos ameaçavam empresários, afirmando integrar organização criminosa e prometendo atirar, destruir ou incendiar as lojas caso o repasse não fosse feito. No cumprimento dos mandados, em Nova Roma do Sul foi preso um homem de 31 anos, integrante do grupo criminoso. Ele foi preso preventivamente e em flagrante por posse irregular de arma de fogo. Já em Caxias do Sul, foi presa uma mulher de 45 anos, sem antecedentes criminais, igualmente integrante do grupo criminoso. O homem preso possui diversos antecedentes policiais, entre eles destacam-se tentativa de homicídio, extorsão, roubo qualificado, tráfico de drogas, incêndio e receptação.

No mês de novembro, o mesmo padrão criminoso voltou a ocorrer. Nos dias 24 e 25, novos empresários receberam mensagens com ameaças idênticas. No dia 24, uma revenda foi incendiada, resultando na queima de dois veículos. No dia 25, outras lojas também foram atacadas com artefatos incendiários. A investigação demonstrou que os ataques de maio e de novembro foram arquitetados pelos mesmos autores.

Durante a semana dos atentados, várias forças de segurança atuaram de forma integrada: Polícia Civil (2ª e 1ª DPs de Bento Gonçalves), Brigada Militar (3º BPAT, Força Tática, Rocam e Agência Local de Inteligência do 3º BPAT), Agência Regional de Inteligência – CRPO Serra, Guarda Civil Municipal, Gaeco/Serra, Secretaria Municipal de Segurança de Bento Gonçalves, Corpo de Bombeiros Militar — que atuou no combate às chamas —  PRF, Polícia Penal e IGP de Caxias do Sul. Além disso, Polícia Civil, Brigada Militar e Guarda Civil Municipal reforçaram o número de viaturas nas ruas da cidade para evitar novos ataques e ampliar a segurança da população.

O trabalho integrado resultou na coleta de provas relevantes para o avanço da investigação. As apurações apontam que os presos eram responsáveis pela geração e administração dos números de WhatsApp utilizados nas extorsões.

O próximo passo da Polícia Civil é identificar e prender os executores diretos dos ataques. As prisões que ocorreram na data de hoje contaram com apoio da Brigada Militar (3º BPAT), das agências de inteligência do 3º BPAT e do CRPO Serra, da 1ª DP de Bento Gonçalves, do Gaeco/Serra, da Guarda Civil Municipal e da Secretaria Municipal de Segurança.

A Polícia Civil destaca que o investimento da Prefeitura de Bento Gonçalves em câmeras de videomonitoramento tem sido fundamental para a elucidação de crimes, incluindo os fatos investigados nesta semana. A 2ª DP/Bento Gonçalves também reconhece a importância da atuação conjunta com a Secretaria de Segurança de Bento Gonçalves, Brigada Militar, IGP, Polícia Penal, PRF e Gaeco, cujos trabalhos contribuíram para a investigação dos crimes.

As investigações continuam para identificar e prender nos próximos dias outros participantes do grupo criminoso. A Polícia Civil reafirma seu compromisso com a segurança da população e destaca que o trabalho integrado entre as forças de segurança é fundamental para interromper a atuação de organizações criminosas e garantir a responsabilização de todos os envolvidos.