Dois adolescentes são apreendidos por ato infracional análogo a homicídio de garoto de programa
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Na manhã desta quinta-feira (12), a Polícia Civil, em ação da 5ª Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa e da 2ª Delegacia de Polícia de Adolescente Infrator, apreendeu dois adolescentes por ato infracional análogo a homicídio doloso, de um jovem de 21 anos, garoto de programa, na Capital. O fato correu na madrugada do dia 16 de dezembro de 2017 , no bairro Mario Quintana, em Porto Alegre.
Quatro pessoas estão presas, entre estas, um mandante e dois executores. Estes últimos presos em Porto Alegre e Canoas. Em Parobé foi efetuada a prisão da ex-namorada da vítima.
Conforme a delegada Luciana Smith, na cidade de São Paulo, não foi possível prender o outro mandante, tendo em vista que, um dia antes do cumprimento da prisão pelos agentes da 5ª DPHPP, ele se suicidou, atirando-se do 13° andar de um hotel na cidade.
Após a apreensão do celular de um dos executores e responsável por organizar a ação, foram encontrados diversos áudios entre esse executor e os dois mandantes, negociando a empreitada criminosa, e também mensagens trocadas após o crime entre o executor e mandante de São Paulo, nas quais o executor revela ter ficado com pertences pessoais da vítima e o mandante parabeniza pela execução do crime, falando inclusive que, até então, ninguém foi preso.
A vítima residia na cidade de Passo Fundo, vindo para Porto Alegre para realizar programa sexual. Chegando à cidade, foi buscado na rodoviária por um dos adolescentes e levada por elas até um apartamento no bairro Mário Quintana, onde foi morta com mais de 100 facadas nas costas, pescoço e cabeça, tendo seu corpo abandonado na rua, em frente a supermercado, antes do amanhecer.
De acordo com os delegados Christian Nedel e Luciana Smith, no decorrer da investigação, foi apurado que a morte foi encomendada por um ex-cliente da vítima, da cidade de São Paulo, com que ele se relacionou quando morou naquele local e pela ex-namorada da vítima, que havia descoberto que ela era garoto de programa e realizava encontros com homens. No curso das investigações, foram presos preventivamente outras quatro pessoas que também participaram do delito com auxílio dos adolescentes.
Todos foram indiciados por homicídio triplamente qualificado, pelo motivo torpe, meio cruel e por ter dificultado a defesa da vítima, formação de quadrilha e corrupção de menores.
Naíla Cazuza
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