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Espaço da Sala das Margaridas e Atendimento Humanizado é reaberto após revitalização na Deam de Porto Alegre

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Polícia Civil
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Por Polícia Civil

Nesta quinta-feira (19), a Chefe de Polícia, Delegada Nadine Tagliari Farias Anflor, participou da reabertura do espaço da Sala das Margaridas e Atendimento Humanizado na Delegacia  Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Porto Alegre. O espaço foi revitalizado para melhor atender o público feminino que busca o auxílio da Polícia Civil no enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher. A Deam fica localizada na Rua Freitas de Castro, 701-739, no Palácio da Polícia, funcionando 24 horas ao dia, em regime de plantão. O espaço conta com brinquedoteca, atendimento em salas reservadas e acolhimento psicossocial.

A Sala das Margaridas é uma das principais políticas públicas da Polícia Civil no enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher. É um espaço reservado, privativo e acolhedor, onde são registradas ocorrências policiais, oitivas das vítimas, bem como o pedido de medidas protetivas e demais ações que fazem parte da Lei Maria da Penha.

Durante o mês de novembro, a Organização da Sociedade Civil (OSC) Mulher em Construção, uma organização do terceiro setor que trabalha o empoderamento das mulheres através da construção civil, pintou e revitalizou a sala das Margaridas.

Segundo a delegada Tatiana Barreira Bastos, diretora da Divisão de Proteção e Atendimento à Mulher (Dipam) do Departamento Estadual de Proteção a Grupos Vulneráveis (DPGV), a parceria com a OSC é uma forma de incentivar e fomentar o mercado de mão de obra feminina na construção civil, contribuindo para o rompimento do ciclo de violência.

A presidente da OSC Bia Kern, explica que a “Mulher em Construção” nasceu com o trabalho de temática de gênero, formando mulheres para a construção civil, acelerando a emancipação e contribuindo para o empoderamento e a quebra dos paradigmas. 

Além da Sala das Margaridas, foi apresentado o projeto “Handpan for Peace”, que utiliza a música para difundir a cultura de paz. Trata-se de um projeto interdisciplinar que oferece música e plantão psicológico as vítimas diretas (mulheres) e indiretas (filhos e familiares) durante a espera para atendimento. Utiliza o som instrumental do handpan para iniciar uma reparação inconsciente de um evento traumático e, ao abrir canais de comunicação entre o sujeito e suas emoções, facilitar a resolução de conflitos. Nos atendimentos psicológicos, são traçados, junto às vítimas, planos singularizados de autocuidado e proteção, além dos encaminhamentos necessários para a rede de saúde, assistência e proteção.

Em complementação a esses atendimentos, foram distribuídas flores, doadas pela comunidade, como forma de apoio e contenção de emoções às mulheres vítimas de violência doméstica e seus acompanhantes. As flores, como um elemento simbólico dos rituais, auxiliam na função de preparar as pessoas para (re) elaborar interações e vínculos em tempo e espaços especiais, sejam eles de início ou finalização.

Por fim, todas as crianças, vítimas indiretas da Violência Doméstica e Familiar, que acompanharem as mães à delegacia, entre os dias 16 e 26 de dezembro deste ano, receberão um brinquedo. A ação é uma maneira de atenuar o trauma e o sofrimento das crianças que acompanham suas mães durante o relato da ocorrência policial e demais encaminhamentos da Lei Maria da Penha, além de resgatar a magia do Natal.

A violência que ocorre dentro do seio familiar, local que deveria funcionar como um local de apoio e sustentação do indivíduo, pode trazer importantes consequências ao desenvolvimento emocional, principalmente das crianças.

Jorge Felipe
Michel Fontana

Polícia Civil RS