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Núcleo gerencial de grupo criminoso que movimentou mais de R$ 600 milhões é alvo da Operação Magnus

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Na operação, foram cumpridas 66 ordens judiciais - Foto: Alexandre Nervo/PCRS

A Polícia Civil, por intermédio da 5ª Delegacia de Polícia de Homicídios de Porto Alegre, do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) desencadeou, na manhã de hoje (19/07), com apoio de diversas unidades policiais, a primeira fase da Operação Magnus para a desarticulação de organização criminosa que tem origem na Vila Jardim, zona leste de Porto Alegre, e em combate ao delito de lavagem de dinheiro.

Foram cumpridas 66 ordens judiciais deferidas pela 1ª Vara Estadual de Processo e Julgamento dos Crimes de Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro. Dentre as medidas, destaca-se a expedição de 21 mandados de busca e apreensão cumpridos em sete cidades do RS (Porto Alegre, Gravataí, Viamão, Cachoeirinha, Guaíba Sapiranga e Torres), o bloqueio judicial de 15 contas bancárias e quebras de dados.

Na ação, houve a apreensão de 2 armas de fogo, munições, entorpecentes e um veículo. Um indivíduo foi preso em flagrante com os ilícitos.

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Entre as apreensões, armas de fogo, munições e entorpecentes - Foto: Carlos Vogt/PCRS

A investigação teve início em setembro de 2021 com a apreensão de aparelho telefônico de uma das principais lideranças da organização criminosa. A extração e análise do conteúdo do dispositivo revelou diversas informações que ajudaram a desnudar o dia a dia das atividades do grupo criminoso, tendo possibilitado também a identificação, a hierarquização dos integrantes da facção e, ainda, a forma como as pessoas mais próximas auxiliam-no.

Os alvos da primeira fase da Operação Magnus são os integrantes do núcleo gerencial e do núcleo familiar deste líder investigado. Estes últimos têm sido beneficiados diretamente pelos valores oriundos do tráfico de drogas e demais crimes explorados pela facção. A título de vantagens, parentes do investigado recebem carros, dinheiro e joias como presentes.

A ação de hoje contou com a participação de policiais militares lotados no Comando de Policiamento da Capital e no 20º Batalhão de Polícia Militar.

O nome da operação faz referência a Magnus Carlsen, considerado o maior jogador de xadrez da história, capaz de pensar 20 jogadas à frente de seus adversários. As investigações seguem em andamento.

Polícia Civil RS