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Operação Concierge: mais de 450 policiais civis participam de ofensiva contra grupo investigado por tráfico de armas e drogas

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Ação aconteceu principalmente em municípios da região metropolitana de Porto Alegre. - Foto: PCRS

A Polícia Civil, por meio do 1ª Delegacia de Polícia de São Leopoldo, deflagrou, nesta quinta-feira (23/3), a Operação Concierge com o objetivo de desarticular um grupo criminoso responsável pela venda de variados tipos de drogas e armas. A ação, uma das maiores realizadas na nova gestão, contou com efetivo de mais de 450 policiais civis e cumpriu 77 mandados de busca e apreensão, 36 mandados de prisões preventivas, 36 medidas cautelares de bloqueio de contas e apreensão de 19 veículos. As medidas judiciais foram cumpridas, concomitantemente, nas cidades do Vale dos Sinos, bem como em Sapucaia do Sul, Parobé, Gravataí, Porto Alegre e Imbé. 28 pessoas foram presas.

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A Operação Concierge, coordenada pela Delegada Cibelle Savi, teve origem a partir de descobertas feitas ao longo dos desdobramentos da Operação Shiny Flakes, realizada em 17 de dezembro de 2021. Na ocasião, foram cumpridos 22 MBAs e realizadas 26 prisões, culminando no indiciamento de 11 pessoas por tráfico e associação para o tráfico de drogas. Também houve a apreensão ecstasy, frascos de substância inalante conhecida como “sucesso”, galão de éter etílico, entre outros itens. A partir de informações obtidas por meio do celular de um dos presos em flagrante na ação - um homem de Novo Hamburgo -, foi descoberta uma ampla rede de fornecimento de drogas, que agora já não era apenas sintética, mas de todos os gêneros, bem como a associação entre vários indivíduos para o comércio de entorpecentes e armas, o que deu origem à nova ofensiva.

Ao longo das investigações, foi possível identificar indivíduos de maior importância dentro da rede, de onde saem as instruções para os pontos de fornecimento, assim como os responsáveis pelo recebimento das quantias decorrentes de venda de drogas e reabastecimento dos pontos. As investigações também apontaram negociação de armas entre eles, com fotografias de armamentos de diversos calibres. Alguns alvos ostentam essas armas nas redes sociais. Para a parte mais discreta do grupo, constatou-se indícios de financiamento do tráfico, carros com alto valor comercial, viagens e vidas acima de qualquer suspeita. O concierge do tráfico, dono do telefone de onde foram obtidas as informações, “orbita” livremente dentre todas as esferas do grupo, indicando novos fornecedores, intermediando compra e venda de armas, entorpecentes e pontos de venda, de onde obtém sempre margem de lucro.

Polícia Civil RS