Operação Decipi é deflagrada no combate a crimes de extorsão na capital e região metropolitana
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A Polícia Civil, por meio da 1ª Delegacia de Polícia de Cachoeirinha, na manhã desta quarta-feira (10/07), deflagrou a Operação Decipi, com o objetivo de combater crimes de extorsão praticados através do conhecido golpe dos nudes ou extorsão sexual.
Foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão nas cidades de Cachoeirinha, Porto Alegre, Canoas, Viamão e Alvorada, visando a obtenção de outros elementos de prova que certamente irão reforçar o acervo probatório já obtido até então sobre a participação dos investigados no esquema criminoso. Uma pistola calibre .380 com numeração raspada foi apreendida, além de 1,5 kg de maconha.
Segundo o Delegado André Lobo Anicet, a investigação iniciou através da apreensão de diversos aparelhos celulares na Penitenciária Estadual de Porto Alegre, quando através da investigação que apurava o delito de favorecimento real, observou-se que o investigado utilizava fotografia de um Delegado de Polícia como imagem de perfil. Havendo ciência que apenados estavam praticando crimes de extorsão envolvendo o nome de Delegados de Polícia, instaurou-se procedimento policial para apurar os delitos.
“Nas investigações, observou-se que apenados em comunhão de esforços se cotizavam para a prática do golpe, ficando uns com as imagens de mulheres, outros buscavam contas bancárias para o recebimento de valores oriundos dos crimes, outros faziam os papéis de Delegados de Polícia, familiares e advogados”, explicou Anicet.
Além do braço do grupo criminoso que estava segregado, existiam pessoas que estavam fora do sistema penitenciário que recebiam os valores e repassavam aos demais membros do grupo. Investigados também recebiam o material com supostas vítimas e armazenavam tal conteúdo para o caso de haver apreensão dos celulares por parte da Polícia Penal, fazendo com que não ocorresse a perda das imagens. “A operação de hoje foi batizada de Decipi, que significa enganado/ludibriado em latim”, complementou o Delegado Anicet.
O cumprimento das ordens judicias contou com apoio da Brigada Militar, por meio do 26º Batalhão de Polícia Militar e mais de 100 policiais da 1ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana/Gravataí e Delegacia de Polícia Regional de Porto Alegre.