Operação dos Precatórios do Deic desarticula quadrilha
Publicação:

Agentes da Delegacia de Crimes contra a Fazenda Estadual, Meio Ambiente e Saúde Pública (DEFAS), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), prenderam nesta terça-feira (12/05) três homens, com idades de 48, 46 e 26 anos, em Porto Alegre. O trio é suspeito de praticar golpe utilizando precatório federal e “lavando” o dinheiro com a compra de carros de luxo com os valores obtidos. Os policiais, comandados pelo delegado Marcelo Farias, titular da DEFAS, e pelo delegado Ranolfo Vieira Júnior, diretor do DEIC, cumpriram sete mandados de busca e apreensão e três de prisão preventiva. Os mandados foram cumpridos em diversos bairros, da zona norte e sul da Capital. A ação, denominada “Operação dos Precatóros”, contou com 36 policiais e teve início às 6h30min desta terça-feira. O resultado foi, além da prisão dos três indivíduos, a apreensão de duas caminhonetes Land Rover e uma Ford Ranger, um Peugeot e um Toyota Corolla, além de um jet ski, avaliados, segundo o delegado Ranolfo, em torno de meio milhão de reais. Na residência dos indivíduos os policiais também apreenderam TV de plasma, computadores, aparelhos de DVD, malotes com documentação, produtos de beleza e medicamentos. Os presos serão indiciados por estelionato, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, além de falsificação e uso de documento público e conduzidos ao Presídio Central. A quadrilha aplicou um golpe de três milhões e 500 mil reais em um grupo de investidores do Rio de Janeiro. Os indivíduos forjaram documentos de um dono de precatório federal de uma propriedade rural do Rio Grande do Sul, que teria sido desapropriada recentemente em função da reforma agrária. O grupo se fez passar pelos proprietários, falsificando documentos de identidade em um tabelionato do Rio de Janeiro. O valor do precatório, que inicialmente era de 10 milhões, foi negociado e oferecido a um grupo de investidores cariocas por três milhões e 500 mil. A negociação ocorreu em janeiro de 2008. Em abril do mesmo ano o grupo de investidores acabou descobrindo que foi lesado quando tentou transferir o nome do proprietário do precatório e foi informado pela Justiça Federal que o documento não havia sido negociado. . Em dezembro deste ano o caso chegou a DEFAS e começou a ser investigado. Segundo os delegados Marcelo e Ranolfo, a estimativa da Polícia é que este grupo costuma realizar um grande golpe por ano e já vêm atuando a cerca de dois anos. O material apreendido deverá ser analisado pela polícia e as investigações prosseguem no sentido de identificar e prender outros possíveis integrantes do grupo. Divisão de Comunicação Social - Assessoria de Imprensa