Operação Fade Out apura crimes de peculato, prevaricação, falsidade ideológica e associação criminosa em órgãos públicos
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Na manhã de hoje (04/04/19), a Polícia Civil, por meio da Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes contra a Administração Pública e Ordem Tributária – DEAT, do Departamento Estadual de Investigações Criminais – DEIC, coordenada pelo Delegado de Polícia Max Otto Ritter, desencadeou a denominada “Operação Fade Out”, com o objetivo de apurar, em tese, a prática de crimes de Peculato, Prevaricação, Falsidade Ideológica e Associação Criminosa, praticados no âmbito da Companhia de Processamento de Dados de Porto Alegre – Procempa.
Na ocasião foram cumpridos 09 (nove) Mandados de Busca e Apreensão na sede da Procempa, na Prefeitura Municipal de Porto Alegre, bem como em outros sete endereços residenciais e empresariais na Capital e no Município de Santa Cruz do Sul, contando com a participação de 35 policiais civis em 10 viaturas.
Conforme o Delegado, a denúncia foi apresentada à Polícia Civil pelo Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados do Estado do Rio Grande do Sul, no bojo da qual foi relatada suposta contratação de "servidor fantasma" para exercer emprego em comissão na Procempa, onde jamais teria trabalhado em que pese tenha percebido remuneração integral, sem efetiva contraprestação laboral, controle de frequência, registro de entradas e saídas e acesso a redes de informática, por exemplo, neste órgão público, durante o período de cerca de um ano ( encerrado em outubro de 2018) em que esteve com contrato de trabalho vigente.
As investigações até aqui revelaram que, no Paço Municipal, local em que supostamente o servidor teria sido lotado, igualmente inexistem controles mínimos que atestem a atuação do servidor junto à Secretaria Municipal de Comunicação Social, o que, uma vez mais, aponta para a percepção indevida de dinheiro público pelo investigado.
As buscas têm por objetivo a apreensão de documentos em geral que vinculem as pessoas físicas e jurídicas investigadas entre si, bem como aqueles que comprovem a prática dos crimes ora investigados, além de computadores, telefones celulares, smartphones e demais objetos relevantes de interesse às investigações, buscando identificar a responsabilidade de todos os envolvidos.