Operação realizada na madrugada desta quarta-feira (03/10), das quatro às sete horas, na Vila das Tamancas, no bairro Agronomia, em Porto Alegre resultou em quatro indivíduos presos e na apreensão de mais de quatro quilos de droga, além de armas e vários tipos de munição. Os policiais cumpriam 13 mandados de busca e apreensão e oito mandados de prisão temporária, expedidos pela Justiça. A ação – denominada “Operação Lamarca” devido ao local em que foi realizada – foi coordenada pelos delegados Ranolfo Vieira Júnior, diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e Juliano Ferreira, da Delegacia de Homicídios (DH). Participaram quatro delegados e 80 agentes policiais do Deic, do Departamento de Polícia Metropolitana (DPM), representados por policiais da 21ª DP, além do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc), do Grupo Tático Especial (GTE) e do Grupamento de Operações Especiais (GOE). De acordo com o delegado Juliano, os quatro homens presos – dois com idade de 18 anos, um com 34 e outro com 33 – estavam sendo investigados por homicídios, com requintes de crueldade, ocorridos dentro da própria Vila, motivados pelo tráfico de drogas. Os indivíduos serão indiciados por tráfico de drogas, associação para o tráfico e porte ilegal de arma de uso restrito e conduzidos ao sistema prisional gaúcho. Com os presos foram apreendidos 3.600 kg de crack e cocaína, divididos em centenas de buchas, além de pedras de crack e três tabletes de maconha. Com eles também foram encontradas duas pistolas .380, um revólver 38, transformado para Magnum 357, e uma espingarda calibre 12. Mais de 600 munições, de vários tipos e calibres, entre eles: 380, 38, 9mm, .40, 45, 12 e até uma munição de fuzil 762 foram encontradas no local. Cinco rádios transmissores também foram apreendidos, além de cinco balanças de precisão, quatro celulares e cinco coletes à prova de balas. O delegado Ranolfo destaca que a operação teve resultados positivos, “sem que fosse necessário disparar um tiro sequer, sem vítimas, nem feridos, apesar do forte armamento, organização e sistema de comunicação utilizado pela quadrilha”. Segundo ele, os passos da quadrilha estavam sendo investigados e monitorados a cerca de dois anos. Haviam pontos utilizados pelos traficantes, onde escondidos controlavam o movimento das pessoas, monitorando a entrada e saída da Vila. Também descobriram um túnel, em uma rede de esgoto, com cerca de 200 m, que era utilizada para fuga. Assessoria de Imprensa - Divisão de Comunicação Social