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Operação Presságio coíbe tráfico de drogas sintéticas por meio de serviço de encomendas

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Operação Presságio coibe tráfico de drogas sintéticas por meio de serviço de encomendas - Foto: Polícia Civil

A Polícia Civil, por meio da 2ª Delegacia de Investigações do Narcotráfico (2ªDIN), do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc), deflagrou a Operação Presságio, com o objetivo de coibir o tráfico organizado de drogas sintéticas, como ecstasy e LSD, entre outras.

Foram dez meses de investigações que iniciaram no ano de 2017, em que Polícia Civil, com a colaboração da Coordenadoria de Segurança dos Correios no Rio Grande do Sul monitorou e investigou o envio de drogas por meio do serviço de encomendas para várias localidades.

As investigações apontaram que três células de envio de entorpecentes eram utilizadas para encaminhamento das drogas, sendo nas cidades gaúchas de Porto Alegre, São Leopoldo e Glorinha onde ficavam as principais agências utilizadas pelos investigados para o envio das drogas.

As investigações se intensificaram em Abril de 2018 onde através de medidas judiciais especiais de Investigação, os policiais foram colhendo elementos informativos e indícios como imagens de circuito interno de vídeo monitoramento, imagens especiais, realizando apreensões dos entorpecentes encaminhados e monitoramentos de entrega de drogas dos investigados o que possibilitou obter material probatório das atividades criminosas de narcotráfico.

As investigações apontaram que ocorreram remessas de drogas para 10 Estados e para o Distrito Federal (Brasília) em quantias consideráveis de entorpecentes.

Os investigados utilizavam-se de redes sociais, principalmente grupos de WhatsApp e facebook, para divulgar seus serviços expandindo assim a clientela para todo o Brasil.

As drogas eram tabeladas e a taxa de frete era a cargo do comprador que utiliza-se de depósito bancário para concluir a transação. O esquema era bem organizado com divisão de tarefas, preços, rotas e prazos definidos.

Foram solicitados 4 (quatro) mandados de prisão e 28 mandados de busca e apreensão nos estados: Rio Grande do Sul, Santa Cararina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso, Goiás, Brasília, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraíba e Amazonas. Total de 10 estados mais o DF, sendo que ocorreram ações em 27 municípios nessas unidades da federação.

Durante o decorrer do cumprimento das ordens judiciais foram presas sete pessoas. No decorrer das investigações ainda foram realizadas oito prisões em flagrante com apreensão de ecstasy e tubos de lança perfume além de substância característica de Cloreto de Etila para produção de entorpecente, totalizando 15 prisões em toda investigação.

No período foram realizadas diversas apreensões de ecstasy, LSD e lança perfume que eram enviadas para vários estados do Brasil, totalizando a quantidade de 4960 comprimidos de ecstasys, 709 pontos de LSD, 150 vidros de lança perfume e 211 gramas de MDMA. Em valores, os entorpecentes apreendidos representam aproximadamente meio milhão de reais.

Os investigados serão indiciados pelos crimes de tráfico de drogas, com agravamento de pena pela interestadualidade, associação para o tráfico de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

O nome da Operação Presságio advém da ideia de indícios de que algo está para acontecer, um acontecimento futuro, isso no contexto das remessas e do monitoramento da Polícia Civil, sempre à frente dos investigados.

As investigações contaram com o apoio das Polícias Civis de outros Estados, e do Gabinete de Inteligência da Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul.

Segundo o delegado Thiago Lacerda, o esquema funcionava com a vinda de drogas da Europa para o centro oeste do Brasil, indo para o Rio Grande do Sul e a partir daí para vários estados brasileiros.

O Diretor de Investigações do Denarc, delegado Mario Souza, enfatizou que a investigação foi sensível e abrangente para identificar o esquema suspeito de envio de drogas sintéticas para boa parte do Brasil. “Destaco que as drogas sintéticas envolvem um contexto de pessoas com grau de instrução diferenciado e boa condição econômica”, salientou o delegado.

 

Michel Fontana
Jorge Felipe

Polícia Civil RS