Polícia Civil combate crimes de estelionato e lavagem de dinheiro durante Operação Suporte, no RS e em SC
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A Polícia Civil, na manhã desta quarta-feira (06/08), por meio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Passo Fundo, coordenada pelo Delegado Venicios Demartini, deflagrou a Operação Suporte. A ofensiva, visa combater um grupo criminoso dedicada aos crimes de estelionato e lavagem de dinheiro.
Durante a ação, que contou com a participação de mais de 100 policiais civis e militares, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão no Rio Grande do Sul, nas cidades de Passo Fundo, Canoas, Nova Santa Rita, Sapucaia do Sul, Cachoeirinha, Porto Alegre, Lajeado, Arroio do Meio, Estrela, Arvorezinha e Pelotas; e no Estado de Santa Catarina, nas cidades de Joinville e São José. Também foi realizada a apreensão de veículos, restrição de imóveis, bloqueios de valores em contas.
Na cidade de Canoas um homem foi preso em flagrante pelo crime de posse de arma de fogo, em razão de haver armas e munições de diferentes calibres sem documentação, em sua residência.
A investigação policial iniciou quando uma cooperativa de crédito noticiou uma série de estelionatos contra suas agências. A partir dos registros de ocorrência e das diligências realizadas, apurou-se que um grupo organizado efetuou ataques reiterados contra instituições financeiras, utilizando-se de engenharia social e conhecimento técnico dos mecanismos das empresas, para obtenção de lucro indevido.
Em todos os fatos investigados os criminosos usaram o mesmo modus operandi, o qual se iniciava com um contato telefônico em datas e horários de intenso fluxo das cooperativas/agências. Em seguida, os golpistas apresentavam-se como colaboradores da área do TI, utilizavam linguagem técnica e protocolos internos para solicitar depósitos em uma conta específica, justificando que se tratava apenas de um teste para atualização do software do sistema de segurança.
Assim que os valores eram creditados rapidamente eram redistribuídos para diversas outras contas, dificultando o rastreamento dos recursos e evidenciando uma estrutura de lavagem de dinheiro plenamente operante, com a participação de ao menos 52 pessoas físicas e jurídicas. Apurou-se patrimônio movimentado em empresas fantasmas e contas que tinham como único objetivo transacionarem o capital obtido com os estelionatos e outros crimes. O prejuízo acumulado pelas cooperativas de créditos superou um milhão de reais.
A referida operação contou com o apoio da 2ª Delegacia de Polícia Regional de Canoas (2ª DPRM), do Departamento Estadual de Repressão aos Crimes contra a Administração Pública (Dercap), das Delegacias Regionais de Lajeado (19ª DPRI), Pelotas (18º DPRI), Soledade (24º DPRI), da Delegacia de Estelionatos de Joinville/SC e da Brigada Militar.