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Polícia Civil concentra repressão a crimes de extorsão na modalidade golpe dos nudes

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A Polícia Civil, através de diversas investigações desenvolvidas por Delegacias da Divisão de Investigações Criminais do Departamento Estadual de Investigações Criminais, deu cumprimento, nesta última semana, a diversas medidas cautelares, incluindo apoio a autoridades policiais de outros Estados, sobre três fatos distintos, relacionados à repressão aos crimes de extorsão praticados por meio da modalidade “golpe dos nudes”.

Entenda como funciona o “golpe dos nudes”  

Em síntese, criminosos, por meio de meios de comunicações diversos, seja por telefonia, seja por mídias sociais, contatam pessoas diversas e, no contexto da interação eletrônica, fotografias íntimas acabam sendo trocadas.

Em outros casos, mesmo não havendo o fornecimento de material pela própria vítima, acabam sendo extorquidas, em virtude de terem supostamente interagidos com pessoas menores de idade.

Os criminosos, passando-se por policiais e, em muitos casos, do próprio Estado do Rio Grande do Sul, valendo-se de estórias coberturas, recursos de imagens, banners e outros. Os criminosos sinalizam as vítimas que, para não serem investigadas, processadas e/ou responsabilizadas criminalmente, devem pagar um determinado valor.

Confira alguns fatos abaixo:

Fato 01:

Em 05 de setembro de 2024, a Delegacia de Repressão aos Crimes Informáticos e Defraudações (DRCID/DINC/Deic), executou fase ostensiva da chamada Operação Petulans.

Neste caso, os criminosos criaram perfis em rede social por meio dos quais abordaram as vítimas, inicialmente comercializando conteúdo erótico. Posteriormente são realizadas as extorsões, onde o criminoso ameaça que se não houver o pagamento exigido, a vítima será exposta publicamente, com supostas acusações de pedofilia.

Com a negativa de pagamento, foram enviadas mensagens para perfis em rede social de diversas entidades, por meio de perfis diversos, dizendo que as vítimas estariam “aliciando menores”.

Pelo menos outras oito vítimas registraram ocorrência sobre o golpe. Uma delas é residente no interior do estado, que mesmo após o depósito no valor de mil reais, continuou sendo extorquido.

Por meio de cautelares de quebra de sigilo de dados telemáticos, foram identificadas as mulheres que faziam as fotos íntimas que eram enviadas para as vítimas e que também faziam a movimentação bancária, além dos homens que realizavam as ameaças por meio de mensagens de texto e de áudio, estes últimos recolhidos em estabelecimento prisional na cidade de Bento Gonçalves.

Da análise de dados telemáticos, também se observa a subnotificação do crime, vez que há conversas que demonstram a realização de pagamentos pelas vítimas, mas não se encontra o respectivo registro de ocorrência. Na ocasião, foram cumpridas quatro ordens judiciais de busca e apreensão nas cidades de Bento Gonçalves, Veranópolis e Guaporé.

Fato 02:

No dia 11 de setembro de 2024, a Delegacia de Repressão aos Crimes Informáticos e Defraudações (DRCID/DINC/Deic), procedeu com apoio operacional à Polícia Civil do Paraná.

A ação, que contou com apoio operacional da Delegacia de Polícia de Balneário Pinhal, teve por fim o cumprimento de quatro mandados de busca e apreensão em locais de interesse da investigação, na capital e no litoral gaúcho.

Os mandados foram expedidos em desfavor de dois indivíduos que, em comunhão de esforços, furtavam aparelhos telefônicos durante a realização de festas e eventos em todo o país. Com o auxílio da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, na identificação dos autores, a Polícia Civil do Paraná realizou a prisão de um dos envolvidos.

A Polícia Civil do Paraná solicitou então novo auxílio à Polícia Civil do Rio Grande do Sul para o cumprimento dos mandados de busca expedidos pelo Judiciário Paranaense, mediante Carta Precatória Criminal.

Fato 03:

Entre os dias 11 e 12 de setembro, a 1ª Delegacia de Roubos (DR/DINC/Deic) prestou apoio à Polícia Civil de São Paulo, que veio ao Rio Grande do Sul através do Departamento de Operações Estratégicas e de sua Divisão Antissequestro.

O fato investigado era uma extorsão, praticada com o modo de agir já citado. Foram cumpridos mandados de busca em dois locais distintos na capital gaúcha. Um deles, no sistema prisional em Porto Alegre, medida executada pela Polícia Penal, e outro no bairro Mário Quintana, em um apartamento em condomínio na Avenida Protásio Alves.

O resultado da operação foi a apreensão de aparelhos celulares, computadores e anotações que comprovavam, em tese, o envolvimento de um apenado, no crime investigado. No momento das buscas, descobriu-se que ele ainda usava uma conta no WhatsApp, com a fotografia de uma placa de uma Divisão da Polícia Civil de São Paulo.

 

 

 

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