Na manhã desta quarta-feira (31), a Polícia Civil, por meio da 4ª Delegacia de Polícia de Homicídios e de Proteção à Pessoa, deflagrou a Operação Longa Manus com o objetivo de desarticular uma organização criminosa envolvida no tráfico de drogas e em homicídios na Zona Sul da Capital. Foram cumpridas 12 ordens judiciais, sendo seis mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, nos bairros Belém Novo e Lami.

Os mandados judiciais tiveram origem na investigação decorrente do homicídio de um homem, ocorrido no dia 06/11/2017, no interior de uma estação hidráulica, no bairro Belém Novo. Na ocasião, a vítima foi perseguida por alguns indivíduos, encurralada no interior da estação e morta por um disparo de arma de fogo na cabeça. Durante as investigações, evidenciou-se que o crime foi cometido por uma organização criminosa com forte atuação no bairro Belém Novo, especificamente no Beco 3.

Segundo o Diretor da Divisão de Homicídios, delegado Gabriel Bicca, foram identificados nove membros dessa organização, com atribuições diversas, dentre eles os líderes que comandam de dentro do sistema carcerário, através das suas mulheres que executam a gerência em liberdade, além dos executores do tráfico de drogas e homicídios. Além disso, foi possível constatar a participação direta de seis adultos e dois adolescentes infratores no homicídio ocorrido em novembro. “Diante disso, representou-se pela prisão preventiva dos seis adultos envolvidos, dentre os quais, dois deles, apontados como mandantes do crime, já cumprem pena na Penitenciária Estadual de Charqueadas e, outro participante, foi preso em flagrante por receptação no último dia 22”, relatou o delegado Bicca.

De acordo com o delegado Eibert Moreira, durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão nesta quarta-feira, além de drogas, outros dois suspeitos foram presos preventivamente. “A Operação Longa Manus foi finalizada com um total de cinco presos. Também foram apreendidos um quilo de crack, uma arma, diversas munições e uma touca ninja”, relata o delegado.

Jhully Costa

JF