Polícia Civil desencadeia Operação Falsus Medius em combate a crimes de estelionato e associação criminosa
A ação ocorreu nos estados do Mato Grosso, Acre e Rondônia. Ao todo, seis pessoas foram presas
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A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Repressão as Ações Criminosas Organizadas (DRACO) de Santa Maria, coordenada pelo Delegado de Polícia André Sesti Diefenbach, deflagrou, na manhã desta quarta-feira (27/9), a Operação Falsus Medius.
Foram cumpridas vinte ordens judiciais. Doze mandados de busca e apreensão e oito mandados de prisão preventiva foram cumpridos nos estados de Mato Grosso, Acre e Rondônia, nas cidades de Cuiabá (MT), Rondonópolis (MT), Rio Branco (AC) e Porto Velho (RO).
Até o momento, seis pessoas foram presas, sendo dois homens com idades de 21 e 27 anos, e quatro mulheres com 22, 28, 43 e 46 anos de idade. Os presos foram localizados nos bairros São João Del Rey e Tijucal na cidade de Cuiabá/MT, nos bairros Centro e Jardim Liberdade na cidade de Rondonópolis/MT, no bairro de João Eduardo na cidade de Rio Branco/AC e no bairro Olaria na cidade de Porto Velho/RO.
Durante o cumprimento de doze mandados de busca e apreensão, foram apreendidos três telefones celulares, um cartão bancário e R$ 1.000,00 (um mil reais). Além disso, representou-se pelo bloqueio de valores.
Falsus Medius significa “Falso Intermediário”. A investigação apura crimes de estelionato nesta modalidade, em que golpistas, a partir de informações verdadeiras, criam anúncios falsos de venda de veículos, geralmente com valor abaixo do mercado e fazem a publicações em sites de vendas ou redes sociais.
A dinâmica dos golpes acontecia da seguinte forma: as vítimas entravam em contato com os golpistas para negociarem a compra e a venda do veículo anunciado e realizavam as tratativas. Contudo, antes disso, os golpistas entravam em contato com o anunciante verdadeiro e simulavam o interesse na compra do automóvel, obtendo outras informações e dados, mas dizendo que o bem seria utilizado como pagamento de uma dívida com algum familiar. Assim, passavam a intermediar a negociação, sem que o vendedor (vítima 01) e o provável comprador (vítima 02) se comunicassem.
Quando o negócio estava prestes a ser fechado, o golpista pedia para o vendedor mostrar o automóvel para o interessado em um local público e convencia ambos para que não trocassem qualquer informação, inclusive sobre o preço. Após, a vítima confirmando seu interesse no bem, fazia o pagamento por transferência bancária ou por PIX para uma conta bancária indicada pelo golpista e o crime se consumava. A essa altura, vítima 01 e vítima 02 percebiam que caíram em um golpe, pois essa fez o pagamento, mas aquela se recusava a entregar o carro, pois não recebeu nenhum valor. Esse foi o caso de duas vítimas de Santa Maria.
As vítimas em questão tiveram um prejuízo aproximado de R$ 100.000,00 (cem mil reais). Os fatos ocorreram no final de 2021 e início de 2022, quando foram realizados os pagamentos. Foram aproximadamente dois anos de investigações pela DRACO Santa Maria, em razão das diversas quebras de sigilos de dados e bancários solicitados.

Além dos policiais civis do Rio Grande do Sul, participaram da operação policiais civis dos Estados de Cuiabá/MT, de Rondonópolis/MT, de Rio Branco/AC e de Porto Velho/RO; com o apoio logístico e operacional da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp); do Ministério da Justiça e Segurança Pública, através do Projeto M.O.S.A.I.C.O., viabilizando o trabalho integrado entre as Polícias Civis dos estados do Rio Grande do Sul; Mato Grosso, através da Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes, Delegacia de Estelionatos de Cuiabá e Delegacia de Polícia de Rondonópolis; Acre, através, da DRACO de Rio Branco; e Rondônia, através da DRACO de Porto Velho, no enfrentamento à associação criminosa voltada a prática do crime de estelionato.
