Na manhã desta sexta-feira (22), a Polícia Civil, por meio de uma ação realizada pela DP de Esteio, com apoio das delegacias da 2ª DPRM, da CORE e do Serviço de Apoio Aéreo, deflagrou a  Operação Dinastia, uma ação especial contra o crime organizado principalmente de tráfico de drogas na Região Metropolitana. Foram cumpridas 28 ordens judiciais, sendo 14 mandados de busca e apreensão,  13 mandados de prisão preventiva e uma ordem de apreensão de menor. Também foram bloqueadas cinco contas bancárias suspeitas. Oito pessoas foram presas, além da apreensão de drogas, celulares, munição, balança de precisão e diversos objetos relacionados ao tráfico de drogas.

Segundo a delegada Clarissa Demartini, foram seis meses de investigações que desmantelaram uma organização criminosa de tráfico de drogas onde uma suspeita, com a saída do marido do comando do crime, assumiu o comando. "Assim tem-se uma  dinastia, com um comando de familiar no mundo do crime, buscando a manutenção desses integrantes na liderança, agora por uma mulher, razão pela qual a ação foi foi batizada de Operação Dinastia", afirmou Demartini.  

O  grupo criminoso distribuía a partir do município de Esteio, no bairro conhecido como Vila Pedreira, e dessa região da cidade repassava drogas para parte da região metropolitana. O esquema constituía no uso dos métodos tradicionais de venda de drogas e outros crimes correlatos, mas também tinha um esquema mais sofisticado de distribuição de drogas a partir de entregas por meio de aplicativos de transporte.

"Existem indícios de distribuição de drogas e também de armas e munições para a quadrilha. Outra questão detectada foi a suspeita forte de utilização de contas bancárias para a possível lavagem de dinheiro. Assim, o dinheiro do crime por meios de contas bancárias diferenciaras seria lavado", explica Demartini. 

O diretor da 2ª DPRM - Regional de Canoas, Delegado Mario Souza, reiterou que as ações de combate contra o tráfico de entorpecentes na região são fundamentais no enfraquecimento do crime organizado. Ele chama a atenção para os fortes indícios de uso de veículos de aplicativo para o possível transporte de drogas pelo grupo criminoso. Souza explica, ainda, que com a ação de hoje essas situações dos motoristas serão objetos de aprofundamento das investigações. E por fim, ressaltou que a lavagem de dinheiro que é suspeita de ocorrer por meio de contas bancárias será objeto de maior aprofundamento para que se evitem a utilização desses expedientes para a realização dos crimes. 

Fabiano Costa