Polícia Civil indicia motorista e cobrador de ônibus por estupro em São Leopoldo
Publicação:
A 3ª Delegacia de Policia Civil de São Leopoldo remeteu à Justiça nesta quinta-feira (28/6) inquérito policial que apurou, em tese, o crime de estupro ocorrido em junho de 2011, vitimando uma mulher de 31 anos; o fato teria ocorrido no interior de um coletivo no Bairro Feitoria.
Na Delegacia, a mulher contou que estava no interior do ônibus, sendo que o motorista desviou a rota até a estrada do Quilombo. A última passageira do coletivo relatou que o cobrador de 21 anos se aproximou, e à força apalpou-a, sem contar que outros atos de conotação sexual foram praticados, mas não a penetração em si. Minutos após, o motorista, de 37 anos, se aproximou da vítima e também praticou sexo oral com a mesma.
Cerca de 30 minutos após o motorista do coletivo teria recebido ligação telefônica cobrando a chegada do ônibus no pátio da empresa. Então levaram a vítima do local a deixando próximo à sua residência; a vítima teria sido ameaçada de que o fato poderia ocorrer outras vezes, sendo ameaçada, dias após, pelo irmão do cobrador do ônibus.
O que chamou a atenção da autoridade policial é que o companheiro da vítima era colega de trabalho e inclusive da empresa do motorista e cobrador. O companheiro da vítima estaria sendo ridicularizado na empresa onde trabalhava.
A vítima foi encaminhada para exame de lesões, as quais apontaram hematomas nas pernas e nos braços, como a mesma teria relatado; a vítima descreveu que não chegou a ser penetrada, mas sofrera inúmeras outras lesões e abusos.
Também fora apreendido o tacógrafo da empresa o qual apontou a saída da rota do ônibus por período bastante considerável de tempo.
O motorista e o cobrador, investigados nos fatos, reservaram do direito de somente se manifestar em juízo e permaneceram em silêncio, na presença de defensor.
A vítima aceitou a submeter-se ao Analisador de Voz Multicamadas (Detector de Mentiras) e em Laudo bastante esmiuçado, completo, concluiu-se que a vítima realmente teve a sua rota desviada pelo ônibus e que sofrera ameaças e violência sexual por parte dos agressores.
O titular do órgão policial, delegado Alencar Carraro, afirma que pela complexidade do caso houve a necessidade de acercar-se de diversos elementos investigativos, bem como de provas periciais para concluir-se pelo indiciamento do motorista do ônibus e do cobrador por estupro, o qual prevê uma pena de 6 a 10 anos de prisão.
Houve grande comoção e revolta por parte dos familiares da vítima o que gerou, inclusive um grande temor por parte da autoridade policial.
Carraro afirmou também, que a apuração dos crimes graves, como o estupro, utilizando todos os meios investigativos, bem como as provas periciais, propiciando ao acusador (promotor) todas as condições do oferecimento da Ação Penal é o objetivo central da Polícia Civil.
Eugênio