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Polícia Civil participa de análise de índices criminais apresentados pelo GESeg

RS Seguro

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GESeg
Subchefe de Polícia (E) participa de encontro com governador (D) e outras autoridades

A evolução dos índices criminais dos últimos seis meses no Rio Grande do Sul foi debatida na tarde desta quinta-feira (13), no Palácio Piratini, em Porto Alegre, durante reunião A1 da Gestão Estatística em Segurança Pública do Governo do Estado. O encontro teve a participação do governador Eduardo Leite; do vice-governador e Secretário da Segurança Pública do Estado, delegado Ranolfo Vieira Júnior; e do Subchefe de Polícia, o delegado Fábio Motta Lopes.

Conforme avaliação dos índices criminais gaúchos, no acumulado do período, sete das 18 cidades do RS Seguro (programa governamental que quer reduzir a criminalidade nos municípios mais violentos), mostraram melhora nos quatro principais indicadores. Alvorada, Canoas, Gravataí, Passo Fundo, Porto Alegre, São Leopoldo e Viamão reduziram os números de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), roubo a pedestre, roubo de veículo e indicadores locais.

Em Porto Alegre, a taxa de CVLI reduziu 33% - a maior do índice em relação aos municípios do RS Seguro. Embora a diminuição represente uma melhora significativa no que diz respeito à queda da violência, a redução está longe de ser a ideal, considera a diretora do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegada Vanessa Pitrez Correa. Como estratégia, a diretora elencou o mapeamento de locais com o maior número de homicídios na cidade, o qual revelou a Restinga, na Zona Sul, como o ponto mais crítico da Capital. “A partir daí, passamos a estreitar contato com outras delegacias e departamentos que têm relação com os crimes que investigamos naquele bairro, como o Denarc, já que 90% dos nossos casos estão relacionados com o tráfico de drogas”, afirma.

Outra redução de 33% foi registrada em Viamão, dessa vez nos crimes de roubo a veículo, que no acumulado de seis meses teve 328 casos. Conforme a titular da 1ª Delegacia de Polícia da cidade, Marina Dillenburg, 20 suspeitos de participação nesse tipo de crime já foram identificados pela Polícia Civil, parte deles, inclusive, está presa preventivamente. “Os principais alvos são motoristas de aplicativos, atraídos para emboscadas por criminosos que se passam por usuários do serviço”, conclui ela. A delegada ainda reverenciou o trabalho especializado de peritos do Instituto Geral de Perícias (IGP), os quais têm se colocado como instrumento para a resolução de crimes e identificação de suspeitos por meio da tecnologia.

Diferentemente dessas cidades, Cachoeirinha, Capão da Canoa, Esteio, Guaíba e Novo Hamburgo, melhoraram em três dos índices e pioraram em um. No mesmo grupo estão Pelotas, Santa Maria, Tramandaí e Sapucaia do Sul. Nessa última, o número de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) dobrou e fechou o período em 28 mortes, colocando a cidade como a pior no índice dos 18 municípios. “Tivemos dois picos de violência no ano passado, em agosto e dezembro. Naquele último mês, cinco mortes foram registradas e mais cinco em janeiro deste ano. Do total desses 10 casos, em 6 já identificamos os agressores”, afirma a delegada Luciane Bertoletti, da 1ª Delegacia de Polícia da Cidade, que declarou guerra ao tráfico de entorpecentes, “principal motivo das mortes”, declara.

Para o Subchefe de Polícia, delegado Fábio Motta Lopes, os relatos trazidos para reunião enriquecem o debate sobre a criminalidade no Estado e permitem que os representantes dos diversos órgãos pensem em soluções conjuntas, principalmente no que diz respeito aos quatro índices que mais inspiram preocupação. “É preciso qualificar a investigação e os demais processos que antecedem o inquérito policial, trabalhando de forma integrada e produzindo inteligência policial”, declara.

Carlos Vogt

Polícia Civil RS