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Polícia Civil se une à campanha mundial da ONU dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres

Ações de mobilização da Instituição gaúcha seguem desde o último sábado (20/11) em compasso com a iniciativa nacional de 21 dias

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DPGV Cruzeiro
Ação Integrada pelos Direitos das Mulheres no bairro Cruzeiro, em Porto Alegre - Foto: Polícia Civil
Por Alexandre Nervo

Foi na comunidade da Vila Cruzeiro, na tarde do último sábado (20/11), que a Polícia Civil gaúcha deu a largada para o calendário de atividades especiais voltadas ao público feminino, durante os meses de novembro e dezembro, na esteira da campanha mundial dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, promovida pelas Nações Unidas (ONU). Naquela ocasião, todas as Divisões do Departamento de Proteção a Grupos Vulneráveis (DPGV) mobilizaram-se para levar informações e serviços à comunidade feminina local, em Porto Alegre. A adesão ao evento superou as expectativas e terá novas edições: no dia 27/11 na comunidade da Restinga e no dia 03/12 no Eixo Baltazar.

De acordo com a Diretora do Departamento Estadual de Proteção a Grupos Vulneráveis (DPGV), Delegada Caroline Bamberg Machado, a diversidade de assuntos e de atividades programadas pela Polícia Civil gaúcha reflete a complexidade do tema da campanha dos 16 Dias de Ativismo mundial. Estancar as lágrimas e o sangue derramados todos os dias por mulheres vítimas de violências físicas e psicológicas, em seus contextos familiares e sociais, é tarefa das mais árduas e envolve esforços multidisciplinares.

É por isso que o calendário de eventos promovidos pela Instituição, por meio do Departamento de Proteção a Grupos Vulneráveis (DPGV), em alusão à data, integra ações e atividades que buscam abarcar o ciclo completo da violência contra a mulher: de encontros e conversas para instrumentalizar a identificação e a prevenção dos crimes contra mulheres, passando pela conscientização das formas de denúncia e busca por auxílio policial e jurídico quando diante da violência e, por fim, as formas de acolhimento para quem já sofreu os males e traumas dos crimes de gênero, possibilitando a elevação da autoestima e do sentimento de bem-estar arranhados pela dissonância criminosa.

Essas três etapas citadas de um processo fundamental para o empoderamento feminino, diante das estatísticas ainda desfavoráveis da violência de gênero em solo brasileiro, são contempladas nas atividades abertas ao público em geral, programadas pela Polícia Civil, e que serão amplamente divulgadas ao longo dos meses de novembro e dezembro deste ano.

O cronograma prevê encontros para o debate de temas que vão desde a conscientização para a violência em condomínios e palestra para profissionais de beleza, passando por orientações sobre formas de acesso à Delegacia e a redes de apoio à mulher vítima, bem como ações conjuntas de conscientização e informação, em diversas temáticas, em parceria com outras Instituições, tais como o Poder Judiciário, Defensoria Pública e Ministério Público.

Os 21 dias para a campanha no Brasil

Promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em âmbito mundial desde 1991, a campanha anual é conhecida como os “16 dias de Ativismo”, com início sempre no dia 25 de novembro (Dia Internacional de Eliminação da Violência contra a Mulher) e encerramento no dia 10 de dezembro (data que marca o Dia Internacional dos Direitos Humanos).

Para o cenário brasileiro a campanha inicia um pouco antes, exatamente no dia que marca a mobilização nacional pela Consciência Negra (20 de novembro) e segue até o dia 10 de dezembro, totalizando os referidos “21 dias de Ativismo” sob a organização geral da sede brasileira da ONU. Essa extensão no tempo para as mobilizações no contexto do Brasil leva em conta a dupla discriminação que as mulheres negras do país sofrem: por serem negras e por serem mulheres.

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