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Preso em Gravataí o executor de chacina de integrantes do MLST em Uberlândia

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Trabalho conjunto da Polícia Civil mineira e gaúcha - Foto: Polícia Civil RS

Policiais civis mineiros, da Delegacia de Homicídios de Uberlândia (MG), em conjunto com policiais civis da 1ª Delegacia de Homicídios e Desaparecidos (DHD) do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), prenderam, na noite desta terça-feira (19/06), Rodrigo Cardoso Fric, de 25 anos, o executor de uma chacina que vitimou três integrantes do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), entre eles a coordenadora do assentamento Rio dos Peixes, em Uberlândia dia 24/03/12.

Os autores da chacina foram até o assentamento e se passaram por pessoas interessadas em ingressar no movimento MLST e também na aquisição de um lote do assentamento. Para tanto, participaram inclusive de um jantar com a vítima, dormiram no assentamento e colheram informações sobre a rotina das vítimas para, posteriormente, realizar uma emboscada.
No dia posterior, Rafael e Rodrigo saíram de carro alegando que precisariam trocar um dos pneus do veículo e esperaram, em uma estrada vicinal onde passaria o carro das vítimas. Por volta das 9h da manhã, quando as vítimas passaram, o carro trancou a passagem e o Rodrigo, vulgo gauchinho, desceu do veículo e efetuou disparos de arma de fogo nos três integrantes do movimento MLST que estavam dentro. A coordenadora estava com seu neto no colo no momento da execução, que assistiu a tudo e foi abandonado pelos criminosos em estado de choque e passou a vagar perdido pela estrada, quando foi encontrado pelas primeiras testemunhas do crime.

A Polícia Civil de Minas Gerais, em 2009, apreendeu cerca de 300kg de maconha proveniente do Mato Grosso, próximo à região do assentamento Rio dos Peixes, e prenderam o responsável, conhecido como Zé Roleta, que seria um dos proprietários da droga, juntamente com Rodrigo. Zé Roleta, então, acreditava que as vítimas teriam denunciado o local aos policiais e, por isso, planejou a chacina e pagou cerca de R$ 7 mil para Rafael e Rodrigo executarem o crime.

No início das investigações a polícia acreditava que o fato poderia ter sido originado em razão de disputa das terras entre o dono da fazenda e o movimento, mas com o decorrer do trabalho investigativo verificou-se que se tratava de um ato de vingança.

Rodrigo, após o crime, fugiu de MG para o Rio Grande do Sul, seu estado natal, e estava morando com sua mãe desde então. Policiais da 1a DHD, em trabalho de investigação conjunto com policiais mineiros, trabalharam por cerca de sete dias e noite na identificação e localização do gauchinho. O trabalho culminou com a prisão do gauchinho na noite desta terça-feira às 22h.

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