Resolvido caso de recém-nascido encontrado morto em Santa Cruz do Sul
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Agentes da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente de Santa Cruz do Sul, coordenados pela delegada Lisandra de Castro de Carvalho, desvendaram, na manhã desta sexta-feira (1/6), o caso de um recém-nascido encontrado morto em um terreno baldio, no bairro Rauber, naquele município.
Segundo a delegada Carvalho, em entrevista coletiva concedida na manhã desta segunda-feira (4/6), a mãe, que tem 33 anos, assumiu ter dado à luz ao menino na madrugada de quinta-feira, 31/5, e tê-lo colocado dentro de uma sacola plástica e atado sua extremidade para, posteriormente, na manhã de quinta-feira, enterrá-lo no mato nas proximidades da trilha que liga a Rua Afonso Pohl à BR-471. Porém, o corpo só foi descoberto 24h depois quando moradores passavam pelo local.
Em depoimento à DPCA, a mãe afirmou que a gravidez era indesejada e que deu à luz ao menino sem a ajuda de ninguém, na própria casa. A perícia feita no corpo do bebê indica que ele não tinha sinais de violência e que teria morrido por sufocação e falta de oxigênio, provavelmente por causa das sacolas de supermercado onde foi amarrado e escondido.
"O próximo passo agora é saber qual a motivação dessa mãe, se a morte foi provocada pelo estado puerperal ou se estamos diante de um crime de homicídio", explicou a delegada Lisandra.
Segundo ela, serão feitas novas diligências e, caso fique comprovado que a mãe estava sob a influência do estado puerperal, o crime é enquadrado como infanticídio. O código penal prevê pena de dois a seis anos de detenção.
Caso contrário, afirma a delegada, o fato será enquadrado como homicídio e a pena máxima pode chegar a 30 anos de prisão, além do crime de ocultação de cadáver.
Fonte: Delegacia de Santa Cruz do Sul
Dyeison Martins
Estagiário de Jornalismo
Eugênio Urbani
Reg. Prof.: 6708