A Polícia Civil d e Frederico Westphalen prendeu nesta quarta-feira (12/3) um homem suspeito de assassinar a esposa por ciumes e desconfianças de relacionamento extra-conjugal.  Segundo o que foi apurado, após uma discussão, o homem estrangulou e enforcou a companheira na residência do casal, na noite do dia 08/03/2014. Após o crime, o assassino teria dispensado o corpo da mulher em uma propriedade desabitada na linha Boa Esperança, nas proximidades do Rio Pardinho, no município de Vista Alegre. Com o sumiço da mulher, a família comunicou o seu desaparecimento no dia seguinte ao assassinato.

As investigações apontaram ainda que o homem teria ido a uma casa noturna em Frederico Westphalen após o crime. Na manha do dia 10/03/2014, o suspeito retornou ao local e enterrou o corpo da vítima ao lado de uma latrina, naquela mesma propriedade rural, muito provavelmente para mascarar o odor da decomposiçao, revelou o trabalho policial.

Segundo o delegado Dinarte Marschall, as buscas pelo corpo iniciaram na tarde e se estenderam noite adentro ainda no dia de ontem. Interrompidas pela escuridão, reiniciaram na manha de hoje, quando, por volta de 10h, policiais de Frederico Westphalen, Caiçara e Vista Alegre, com apoio do Corpo de Bombeiros, descobriram o local e desenterraram o corpo.

Logo a seguir, os policiais iniciaram as buscas ao autor do crime, o qual foi encontrado escondido no município de Vicente Dutra. O delegado ressalta que o homem estava ameaçando familiares da companheira, os quais teriam depredado a residência de familiares do suspeito em represália ao crime cometido.

Em 2009, o preso atentou contra a vida (desferiu golpes de facão) da sua companheira à época. Marchall ressalta ainda que, em 27/02/14, o homem agrediu a mulher na residência do casal, deixando a vítima lesionada.

O delegado representou pela prisão preventiva do suspeito, acolhida pelo juiz da 1ª Vara da Comarca, sendo então cumprida a prisão na tarde de hoje. Segundo Marshal, o preso irá responder pelo delito de homicídio qualificado pelo motivo torpe e pelo uso de asfixia, cuja pena é de reclusão de 12 a  30 anos, além do delito de ocultação de cadáver, cuja pena é de reclusão de um a três anos. 

Apelo

Segundo informações da mãe da vítima, ambas estiveram à época na tarde das agressões na delegacia e, como havia outro registro sendo feito, decidiram por não aguardar e sim comparecer ao hospital para atendimento médico. Após ser medicada, a vítima convenceu a mãe de que não deveria retornar à delegacia para efetuar o registro, pois seu companheiro lhe advertiu que se fosse à polícia a agrediria novamente ou até mesmo a mataria.

Em razão disto, Marchall apela aos meios de comunicação que invoquem as mulheres vítimas de violência doméstica e familiar a procurarem as autoridades para noticiar as agressões sofridas. O delegado informa que a lei prevê que, em determinados crimes, somente a vítima pode decidir pela persecução criminal do agressor, não cabendo a ninguém mais substituí-la nessa decisão.

Segundo o delegado, a vergonha, o medo, a falta de recursos para manter a si e a seus filhos e a ausência de um local para se abrigar após a saída da residência em que está o agressor não podem constituir obstáculos para as mulheres vítimas de violência de gênero efetuarem o registro policial, buscando as medidas protetivas da lei e a responsabilização criminal dos agressores.

Fonte: DP de Fredrico Westphalen

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