Agente consular é preso por armazenamento de material de abuso sexual infantojuvenil
Ação da Polícia Civil e do IGP identificou arquivos digitais com o homem, capturado em Porto Alegre
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Uma ação da Polícia Civil, através da Divisão Especial da Criança e do Adolescente (Deca), prendeu nesta quinta-feira (04), um homem, de 56 anos, por armazenamento de material de abuso sexual infantojuvenil. O homem foi preso em um endereço no bairro Higienópolis, em Porto Alegre. Ele é um agente consular em serviço no Brasil. A ação integra a Fase IV da Operação Redenç@o.
Conforme o Delegado Diretor da Deca, Raul Vier, as investigações, conduzidas pelo Núcleo de Operações Cibernéticas da Divisão (NOC/Deca), iniciaram em fevereiro deste ano. Foram utilizadas ferramentas tecnológicas de monitoramento do ambiente virtual.
“Após diversas diligências e a identificação do investigado, a autoridade policial representou ao Poder Judiciário pela expedição de mandado de busca e apreensão, cumprido nesta manhã por agentes do NOC/Deca e da 2ª Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (2ª DPCA/Deca), com o apoio do Instituto-Geral de Perícias (IGP)”, detalha o Delegado.
Uma equipe de peritos do Setor de Informática Forense do Departamento de Criminalística do IGP realizou perícia técnica preliminar nos dispositivos eletrônicos apreendidos, possibilitando a caracterização do crime e a autuação em flagrante do autor dos delitos.
“A internet pode passar a falsa impressão de anonimato, mas os crimes cometidos no ambiente virtual deixam rastros. O papel da Polícia Civil é percorrer esse caminho visando à identificação dos autores desses graves delitos que atingem crianças e adolescentes. Desde abril, a Deca conta com o Núcleo de Operações Cibernéticas, especializado na apuração de crimes de abuso sexual infantojuvenil praticados no meio digital, com tecnologia avançada e equipe policial altamente capacitada”, complementa o Delegado Raul Vier.
Segundo a Delegada Sabrina Doris Teixeira, titular da 2ª DPCA/Deca, responsável pelo prosseguimento das investigações, ações como a desta quinta-feira são fundamentais para coibir crimes sexuais contra crianças e adolescentes: “Cada imagem e vídeo com conteúdo de pornografia infantil representa não apenas um crime isolado, mas evidencia a ocorrência de outro delito antecedente, cometido contra uma vítima real. Por trás de cada arquivo há uma criança, em algum lugar do mundo, que foi abusada para que aquela imagem fosse produzida”, relata a Delegada Sabrina.