A Delegacia Online (DOL) da Polícia Civil gaúcha concentra, atualmente, quase 40% de todos os registros de Boletins de Ocorrência (BOs) da Polícia Civil. No ano passado, do total de quase 1,5 milhão de registros de ocorrência efetuados em toda a Polícia Civil gaúcha, pouco mais de 516 mil foram através da DOL, o que representa 36,2%.  

O número de registros de forma online vem crescendo ano a ano. Em 2025, por exemplo, o percentual de registros online já está em quase 38%, em dados compilados até o final de julho. Esses dados mostram a importância da instalação desta modalidade de registro, em vigor desde 2002. 

Atualmente, apenas não podem ser registrados de forma online casos violentos, como homicídio, latrocínio, roubo e furto de veículo, desaparecimento de criança e adolescente, entre algumas outras poucas ocorrências.  

Novidades na DOL 

A importância da DOL vem se intensificando desde a pandemia, quando ela foi aberta para o registro de ocorrências gerais no período em que a circulação de pessoas era desestimulada. Desde então, a plataforma online de registros de ocorrências da Polícia Civil vem ganhando espaços especializados como a Delegacia de Polícia Online da Mulher, lançada em 2022 (e que neste ano, passou a permitir o pedido de Medidas Protetivas de Urgência); a Delegacia de Polícia Online do Agro (Agrodol), lançada em 2023; e a mais recente, a Delegacia de Polícia Online da Diversidade.  

O acesso à Delegacia Online, tanto a geral quanto nos espaços especializados, é fácil e intuitivo, utilizando-se de mecanismos que orientam e levam o usuário até o destino correto, conforme o relato que é feito por ele. “Nós sempre buscamos trabalhar para tornar o site de fácil navegação. São oferecidas instruções para o cidadão sobre o que ele pode ou não pode registrar de maneira online, também há mecanismos que transportam o usuário para o canal correto, induzindo-o a seguir o caminho ideal para o registro do fato. Depois do fato relatado, os policiais que atuam na Delegacia Online analisam cada registro e, em sendo deferido, o caso é encaminhado a alguma Delegacia para investigação. Já caso haja o indeferimento, o cidadão recebe uma resposta detalhando o que ele precisa corrigir para que o fato seja deferido”, detalha a Delegada.  

Para realizar um Boletim de Ocorrência Online, o cidadão precisa ter CPF e acesso à internet por meio de computador, notebook, tablet ou celular. Em alguns casos, como são as Medidas Protetivas de Urgência, também é solicitado uma conta Gov.br, visando garantir mais informações para o processo e segurança para o usuário.  

Fatos mais comuns na DOL 

Conforme a Delegada Viviane, os casos mais registros online são ameaças, perdas de documentos, estelionatos e furtos. “Além disso, desde que lançamos a possibilidade, em maio deste ano, de Medidas Protetivas de Urgência serem solicitadas através da Delegacia Online da Mulher, houve muitos pedidos”, complementa a Delegada.  

A importância de registrar as ocorrências de maneira online ou presencial é citada pela Delegada titular da DOL, como uma forma de auxiliar o trabalho policial. “É importante sempre nos avisar, porque numa investigação, a gente precisa que cheguem até nós as informações e elas chegam através dos Boletins de Ocorrência. Então, a ocorrência precisa ser registrada para que possamos agir e quanto mais informações forem acrescidas, melhor, inclusive com eventuais imagens, como fotos e vídeos dos fatos”, ressalta a Delegada.  

Diante desse cenário, a Delegacia Online tem o compromisso de ajudar a população em geral a registrar os fatos ocorridos e, com isso, contribuir com o trabalho policial voltado a melhorar a sociedade gaúcha.