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Operação Falso Patrono II combate crimes cibernéticos

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Duas pessoas foram presas, incluindo um dos líderes do grupo criminoso. 

Na manhã desta terça-feira (15/07), a Polícia Civil, através da Delegacia de Repressão aos Crimes Patrimoniais Eletrônicos (DRCPE/DERCC), deflagrou a segunda fase da Operação Falso Patrono, visando desarticular grupo criminoso especializado em estelionatos, falsificação de documentos e falsa identidade para prática do golpe conhecido como “falso advogado”.

Foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e 17 dezessete mandados de busca e apreensão no estado de São Paulo.

A operação ainda contou com o apoio da Polícia Civil de São Paulo, por meio do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC/PCSP).

Até o momento, três pessoas foram presas, incluindo um dos líderes do grupo criminoso. Um veículo foi apreendido.

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Até o momento, duas pessoas foram presas, incluindo um dos líderes do grupo criminoso. 

Como funcionava o golpe

A fraude é praticada a partir de um método que combina engenharia social e o acesso a informações processuais que, em sua maioria, são públicas.

Os golpistas monitoram os sistemas dos tribunais para identificar processos judiciais, especialmente aqueles envolvendo pagamentos de precatórios, requisições ou indenizações.

De posse desses dados, os criminosos entram em contato com as vítimas, geralmente via whatsapp ou ligação telefônica, utilizando um número desconhecido. Eles se apresentam como advogado, representante de escritório ou como funcionário de tribunal.

O suspeito informa que para a liberação do dinheiro a vítima precisa pagar "custas processuais", "impostos" ou "taxas cartorárias" de forma antecipada. O pagamento é solicitado via PIX para contas de laranjas.


A investigação
As diligências iniciaram no ano de 2024, após advogados gaúchos terem seus dados e de seus escritórios utilizados por golpistas.

Ao longo das investigações, foram identificados os responsáveis pelos crimes. Foram utilizadas ferramentas tecnológicas de investigação que permitiram a identificação de 11 indivíduos e suas funções. 

O grupo tinha como um dos integrantes um homem de 24 anos, natural de Guarulhos, responsável por abordar diretamente algumas das vítimas, criar meios logísticos para a  prática do golpe e manter contato com pessoas de interesse do grupo, como advogados que fariam a defesa em caso de prisão. Também, o suspeito utilizou contas de familiares para receber valores, oriundos do golpe e já havia antecedentes criminais por estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Além deste, indivíduos se dividiam entre funções de tecnologia, logística, financeiras, entre outras.

Com a deflagração da operação, a Polícia Civil ratifica o compromisso de desenvolver investigações criminais qualificadas, notadamente aquelas em que haja indícios de atuação de organizações ou associações criminosas organizadas, objetivando a máxima responsabilização criminal de todos os envolvidos, de modo a reprimir à altura a prática delitiva.

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Polícia Civil RS