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Operação Vassalo Combate crimes de ameaça e estelionato em Canguçu

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Ameaça e Estelionato em Canguçu
Operação Vassalo Combate crimes de ameaça e estelionato em Canguçu

Na manhã desta sexta-feira (15), a Polícia Civil, por meio da DP de Canguçu, deflagrou a Operação VASSALO, na qual foram cumpridos onze mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva do estelionatário,  aplicava golpes e ameaçava moradores da Estrada da Pedreira em Canguçu. A ação contou com o apoio de policiais civis de diversas cidades, tais como Canguçu, Capão do Leão, Pelotas, Rio Grande e Camaquã. Durante a operação, além do cumprimento do mandado de prisão preventiva do autor dos crimes, foram apreendidos diversos objetos sem procedência, bem como ocorreu a prisão em flagrante de dois indivíduos, que seriam guarda-costas do indivíduo, pelo crime de posse de arma de fogo. 

Segundo a delegada Lisiane Mattarredona, o objetivo da ação foi desarticular a organização que se instalou na localidade da Pedreira, área de expansão urbana próxima ao Tchê Parque, na qual os envolvidos, chefiados pelo estelionatário, intimidavam e ameaçavam os moradores da região. Primeiramente, o indivíduo que se intitulava dono da Pedreira, vendia o lote para o comprador e, posteriormente, passava a ameaçar a vítima com o intuito de expulsá-la de lá para revender o mesmo lote para outras pessoas. Os lotes em que não havia morador eram revendidos para várias pessoas enganadas pelo investigado. Além disso, o suspeito induzia os moradores em erro, para obter vantagem ilícita, vez que as casas e terrenos não eram entregues conforme o acordo, faltando itens essenciais, como porta, janela ou telhado.

"Um idoso de 82 anos procurou a DP de Canguçu, para relatar que estava sofrendo um martírio constante por parte do suspeito, que o ameaçava, no intuito de expulsá-lo de sua moradia. A vítima ainda disse que era um dos únicos moradores que ainda permanecia lá, porque o estelionatário tinha interesse em sua aposentadoria, mas quando percebeu que não iria consegui-la, passou a intimidar o idoso. Nos últimos dias, o investigado chegou a lhe cortar a energia elétrica e a água, além de delimitar o espaço onde a vítima poderia transitar no loteamento." esclareceu a delegada.

Durante as investigações, as vítimas mencionaram que o investigado possuía “capangas” armados, atuando como guarda-costas nos acertos de contas com os compradores dos lotes. Foram efetuados mais de cento e setenta contratos de compra e venda dos lotes por parte do estelionatário, com a assessoria de um escritório de contabilidade no centro da cidade.

Além das fraudes cometidas e suspeitas de furto de energia elétrica, o indivíduo é conhecido na localidade por ser um homem agressivo, haja vista que costuma resolver os conflitos com violência, utilizando-se de armas de fogo. Há quase trinta registros policiais em que o indivíduo é suspeito de praticar os mais diversos crimes no município de Canguçu, entre eles os de disparo de arma de fogo, lesão corporal, ameaça, vias de fato, apropriação indébita, exercício arbitrário das próprias razões, coação no curso do processo, perturbação da tranquilidade, dano e crimes contra o meio ambiente. Inclusive, há investigação em andamento sobre uma agressão infantil do filho de um dos moradores da região, em que o investigado teria batido de relho em uma criança de apenas seis anos de idade no loteamento. Há também relatos de exploração de trabalho infantil em que o indivíduo se utilizaria da mão de obra dos menores do loteamento.

A autoridade policial ressaltou que, após o monitoramento de policiais civis na localidade, o suspeito fechou vias de acesso às propriedades investigadas, com caminhão e tratores e, logo após, cercou o acesso ao loteamento com arames e tábuas, dificultando o tráfego no local.

A ação de hoje contou com o apoio da Companhia Estadual de Energia Elétrica – CEEE – em razão das denúncias de furto de energia elétrica, onde foram averiguadas as possíveis irregularidades da fiação encontrada no loteamento. Além disso, um dos objetivos é recolher mais contratos e notas promissórias pertinentes, para contribuir com a investigação.

Fabiano Costa

Polícia Civil RS