A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Repressão ao Roubo de Veículos (DRV/DEIC), deflagrou, nesta quinta-feira (18/12), a Operação Linha Direta, que resultou na prisão em flagrante de 17 pessoas e na apreensão de um adolescente, em um sítio localizado em Cachoeirinha, na Região Metropolitana.

A investigação teve início a partir de informações de que um grupo criminoso utilizava o local para guardar armas e realizar a contabilidade de produtos provenientes de furtos e roubos de veículos. Durante as diligências, os policiais descobriram uma central telefônica clandestina, utilizada para aplicar golpes eletrônicos em todo o país.

No local, foram apreendidos centenas de chips, roteiros para simulação de falsos atendimentos, cerca de 30 aparelhos celulares, quatro máquinas de cartão de crédito, além de computadores conectados ao sistema E-Proc, utilizado para consulta de processos judiciais. Essa evidência indica que os criminosos também praticavam o chamado golpe do falso advogado.

Segundo o diretor do DEIC, delegado João Paulo de Abreu, a estrutura encontrada revela um esquema altamente organizado:
“Nos deparamos com uma central de golpes, chips novos e queimados, computadores conectados a aplicativos de mensagens e até ao sistema do Poder Judiciário, o que demonstra a sofisticação das fraudes.”

A Delegada Jeiselaure Rocha de Souza, responsável pela investigação, destacou:
“A Operação Linha Direta mostra como a atuação integrada e a inteligência policial são fundamentais para desarticular organizações criminosas que diversificam suas atividades. Partimos de uma apuração sobre crimes patrimoniais e chegamos a uma estrutura voltada para fraudes eletrônicas em larga escala.”

A Delegada Fernanda Amorim, que formalizou o flagrante pela DPPA/DEIC, complementou:
“A formalização do flagrante envolveu um trabalho minucioso para garantir que todos os elementos fossem devidamente registrados, assegurando a responsabilização dos envolvidos.”

A ação contou, ainda, com o apoio de todas as delegacias do DEIC, da Volante COD, da Volante PUMA da 1ª DPRM, da DPPA de Gravataí e da Volante da CORE/PCRS, reforçando a integração das forças policiais no combate ao crime organizado.

Além disso, uma equipe composta por nove peritos criminais do Instituto-Geral de Perícias (IGP) compareceu ao local, realizando exames periciais durante toda a madrugada para garantir a coleta de provas digitais e materiais. Apurou-se que os suspeitos queimavam os chips após o uso, com o objetivo de apagar rastros e dificultar a identificação.

A Polícia Civil reafirma seu compromisso com a investigação qualificada e a repressão ao crime organizado, garantindo mais segurança para a sociedade gaúcha.