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Polícia Civil desarticula grupo criminoso que manipulava sistemas de justiça em operação nacional

A 2ª Delegacia Regional de Canoas participou de ação integrada que mobilizou forças policiais no RS, RJ e SC e reforça o combate

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Na manhã desta quarta-feira, (26/11), a Polícia Civil, por meio da 3ª Delegacia de Polícia de Canoas, uniu esforços com a Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Balneário Camboriú (SC) e a Delegacia de Repressão a Crimes de Informática do Rio de Janeiro para desarticular uma associação criminosa, responsável pela manipulação ilegal de sistemas informatizados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A operação cumpriu, com êxito, dois mandados de prisão preventiva e dois de busca e apreensão, nos estados do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul.

O esquema criminoso
As investigações revelaram um esquema sofisticado que fraudava importantes sistemas nacionais – incluindo o SISBAJUD, o RENJUD e o BNMP –, usados pela Justiça brasileira para restrições de veículos, bloqueios financeiros e gerenciamentos de custódia. O grupo realizava ações como:
* Emissão fraudulenta de contramandados de prisão;
* Desbloqueio ilegal de contas judiciais;
* Remoção de restrições judiciais de veículos;
* Alteração de dados cadastrais junto à Receita Federal;
* Uso indevido de credenciais de autoridades e servidores públicos.

As provas reunidas pela DIC de Balneário Camboriú demonstram que os dois presos, alvos desta etapa, tiveram envolvimento direto em crimes como invasão de dispositivo informático. Um dos indivíduos detidos em Canoas era responsável pelo "reset" fraudulento de senhas vinculadas ao sistema gov.br, proporcionando acesso às plataformas violadas.

A Operação
Segundo o Delegado Cristiano Reschke, diretor da Regional de Canoas, essa operação destaca o avanço integrado no combate ao crime cibernético no Brasil. “Estamos lidando com uma modalidade criminosa de alto impacto e complexidade, que exige agilidade, cooperação interestadual e o uso de inteligência policial para proteger os sistemas críticos da Justiça brasileira. Essa operação reafirma o compromisso da Polícia Civil em combater ataques que afetam a estrutura e a segurança do sistema judiciário”, afirmou Reschke.

A integração entre as equipes do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Rio de Janeiro reforça a importância de uma abordagem nacional e coordenada, especialmente no uso de ferramentas tecnológicas para rastreamento e análise.

Segundo a Delegada Luciane Bertoletti, da 3DP de Canoas, que coordenou os trabalhos no Rio Grande do Sul, destacou que: “esse trabalho é parte integrante da investigação que desenvolvemos aqui e que resultou na Operação Invasor, revelando um esquema sofisticado de fraude envolvendo a retirada indevida de restrição judicial, movimentando valores expressivos no mercado automotivo”, resssaltou Bertoletti.


Polícia Civil RS