Na tarde desta quarta-feira (11), a Polícia Civil, por meio da 3ª Delegacia de Polícia de Canoas, desarticulou um esquema que aplicava o chamado "golpe do falso prestador de serviço". A ação resultou na prisão de um criminoso reincidente e na identificação de seu comparsa.

O caso que motivou a prisão envolve uma idosa de 98 anos, portadora de marca-passo e hipertensa, que foi enganada por dois homens disfarçados de funcionários de empresa prestadora de serviços. Segundo a investigação, os criminosos chegaram à residência da vítima em um veículo com escada acoplada, utilizando uniformes típicos de trabalhadores de manutenção.

A Delegada Luciane Bertoletti explica como ocorreu o golpe: “Os golpistas alegaram que havia uma telha quebrada e se ofereceram para fazer o conserto. Após combinarem o valor do suposto serviço, a vítima realizou o pagamento por cartão bancário, utilizando a máquina de um dos estelionatários. Conforme relato, um dos homens observou discretamente a digitação da senha durante a transação. Enquanto um deles simulava o reparo no telhado, o outro permaneceu dentro da residência e furtou o cartão da idosa. Horas depois, os criminosos realizaram três compras e dois saques, totalizando um prejuízo de R$ 5.325,64. A vítima, ao perceber o golpe, teve um agravamento em seu estado de saúde e precisou ser hospitalizada”.

Através de técnicas modernas de investigação, os policiais conseguiram identificar os autores do crime. Um dos criminosos foi identificado e capturado e já possuía extenso histórico criminal, incluindo furto qualificado, lesão corporal, tráfico de entorpecentes e estelionato. Ele estava em prisão domiciliar no momento do crime. Seu comparsa, também com passagens por crimes semelhantes, segue foragido.

Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos valores em dinheiro, máquinas de cartão, celulares e os uniformes utilizados para simular a prestação de serviço.

A Delegada Luciane ressaltou a importância da denúncia e da atenção redobrada, principalmente com idosos: “Esses criminosos se aproveitam da vulnerabilidade das vítimas. A polícia está atenta, mas é fundamental que os familiares reforcem os cuidados e que casos como este sejam imediatamente comunicados às autoridades”, destacou.

A Polícia Civil segue com as diligências para localizar o comparsa e investiga a possibilidade de outras vítimas em Canoas e cidades vizinhas. Qualquer informação pode ser repassada anonimamente ao telefone 197.

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