Polícia Civil prende responsável por morte de mulher em Porto Alegre
Indivíduo desmembrou o corpo deixando partes em diferentes pontos da cidade, incluindo o tronco dentro de uma mala na Rodoviária
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A Polícia Civil, através da 2ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (2ª DPHPP) prendeu no fim da tarde desta quinta-feira (04), o indivíduo responsável por um crime bárbaro ocorrido em Porto Alegre.
Após a localização, em duas situações distintas, de partes do corpo de uma mulher, o caso ganhou repercussão e mobilizou a Polícia Civil gaúcha até a prisão do responsável. Inicialmente, em 13 de agosto deste ano, membros superiores e inferiores foram encontrados em sacolas e sacos plásticos abandonados na zona leste da Capital.
Já em 20 de agosto de 2025, o tronco da vítima foi localizado dentro de uma mala que foi deixada em um guarda-volumes na Estação Rodoviária de Porto Alegre. As perícias realizadas pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP) confirmaram, por meio de exame de DNA, que todos os restos mortais encontrados pertenciam a mesma vítima.
Durante mais de 75 horas ininterruptas de trabalho, os policiais da 2ª DPHPP seguiram o rastro do suspeito, que, paradoxalmente, buscava confundir as investigações, ao mesmo tempo em que deixava sinais de sua atuação criminosa. Com base nas provas reunidas — entre elas imagens de câmeras de segurança, testemunhos e laudos periciais — foi representada pela prisão preventiva do suspeito, deferida pelo Poder Judiciário. O DNA do investigado é compatível com o material genético encontrado nos restos mortais e as imagens confirmam que ele foi o responsável por entregar a mala na Estação Rodoviária.
Segundo o Delegado André Luiz Freitas, responsável pela investigação, trata-se de um crime bárbaro e calculado, que exigiu dedicação total da equipe de investigação. “Mesmo utilizando disfarces e tentando incriminar terceiros, o autor foi identificado e responsabilizado. A prisão é fundamental para garantir a ordem pública e avançar nas investigações sobre outras possíveis vítimas e conexões desse caso”, ressalta.
O investigado de 66 anos era foragido do sistema prisional e já possui histórico criminal grave, quando, em 2015, foi condenado por homicídio contra a própria mãe, cujo corpo foi concretado dentro de um armário em um apartamento localizado em Porto Alegre.