A Polícia Civil encerrou o ano de 2018 sem nenhum caso de feminicídio registrado na cidade de Viamão. O resultado é fruto de um trabalho integrado de prevenção e fortalecimento de políticas públicas de combate à violência doméstica contra a mulher, realizado pela Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Viamão, o Poder Judiciário, o Ministério Público, a Brigada Militar, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Prefeitura de Viamão e o Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência (CRM) de Viamão.

Os dados ganham especial destaque no contexto em que Viamão está inserido, um município que conta com números expressivos de casos de violência doméstica contra a mulher, em um país que possui a 5ª maior taxa de feminicídios do mundo.

Durante o ano de 2018, houve um aumento no número de registros de ocorrências de ameaça registradas na cidade. Para a delegada Jeiselaure Rocha de Souza, titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Viamão, essa elevação no número de ocorrências é um dos principais fatores que colaboram para o enfrentamento da violência doméstica, pois demonstra que as mulheres estão procurando a Delegacia de Polícia mais cedo. “A comunicação da primeira ameaça ou do primeiro sinal de violência dentro da relação faz com que a Polícia Civil possa agir de forma a prevenir os crimes mais graves, como o feminicídio, através do acolhimento das vítimas, encaminhamento para a rede de proteção, em especial ao Centro de Referência de Viamão/CRM, solicitando medidas protetivas de urgência, representando por mandados de busca e prisão preventiva, e também mediando conflitos nos casos em que é possível”, explicou a delegada.

A Chefe de Polícia, Delegada Nadine Anflor, destacou a coragem das mulheres que denunciam seus agressores a tempo de permitir a ação preventiva e também o trabalho diário e incansável da equipe de policiais civis da Deam de Viamão, que estão comprometidos em cumprir a missão de servir e proteger, especialmente as mulheres e meninas vítimas de violência em situação de vulnerabilidade. “O olhar perspicaz e diferenciado para atender, acolher e identificar os casos mais graves, seja no momento do registro da ocorrência, através de uma denúncia anônima ou pelas tantas formas que os fatos chegaram ao nosso conhecimento, fez com que todas aquelas mulheres pudessem comemorar um 2019 ao lado de suas famílias e seus filhos”, salientou Nadine.

Michel Fontana