A Polícia Civil, na manhã desta sexta-feira (05/09), por meio da Delegacia de Guaíba, deflagrou a Operação Triarca em combate aos crimes de tráfico de drogas, associação criminosa, posse de armas e receptação, com o apoio da Brigada Militar.

Durante a ação, foram presas 22 pessoas, sendo 21 em cumprimento de mandados de prisão preventiva e uma em flagrante. Também foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão nas cidades de Guaíba, Barra do Ribeiro, Tramandaí, Capão da Canoa, Xangri-lá, Porto Alegre, Amaral Ferrador, e Florianópolis/SC. Foram apreendidas uma submetralhadora, uma espingarda, uma pistola roubada, cocaína, êxtase, maconha, crack e veículos.

A ofensiva é resultado de uma investigação que iniciou em agosto de 2023, a partir da prisão de um indivíduo que tinha envolvimento com três grupos criminosos. Com o avanço das diligências, a investigação identificou 22 pessoas envolvidas no tráfico de drogas, distribuídas em três núcleos distintos, responsáveis por coordenar a compra, transporte e distribuição de entorpecentes.

Um dos núcleos era liderado por indivíduo de Porto Alegre, o qual recebia drogas provenientes de uma plantação/estufa localizada em Florianópolis/SC, onde era cultivada maconha de qualidade superior à média, conhecida como “skunk”. Além disso, parte dos entorpecentes era oriunda do Paraguai, trazida ao Brasil por meio de um comparsa, que abastecia, entre outros, o mercado de Guaíba.

A liderança de outro núcleo criminoso era capitaneada por indivíduo oriundo de Guaíba e que ostentava uma vida de luxo em Capão da Canoa, desfrutando de imóveis de alto padrão e de veículos de luxo.

O último grupo criminoso é chefiado por indivíduo apontado como responsável por inúmeros crimes violentos relacionados ao tráfico. Atualmente, ele encontra-se preso e acumula diversas condenações e, mesmo de dentro do sistema prisional, mantém influência, contando com “soldados do crime” e com o auxílio de sua companheira, que ajuda a administrar o chamado “negócio da família”.

A operação contou com 130 policiais, entre civis e militares; com a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core); com Departamento de Aviação (Dav); com o Departamento de Polícia do Interior (DPI) e com o Departamento de Polícia da Região Metropolitana (DPM).

De acordo com a Delegada Karoline Calegari, titular da DP Guaíba, a Operação Triarca representa um duro golpe no tráfico de drogas da região, desarticulando uma rede criminosa altamente organizada que operava em diferentes estados e até em território internacional.